sexta-feira, 26 de abril de 2013

Verdades...quais e quando?


"As verdades são frutos que apenas devem ser colhidos quando bem maduros."
Voltaire

"Reverência ao destino

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.


Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.
E com confiança no que diz.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer ou ter coragem pra fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.
E é assim que perdemos pessoas especiais.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"
Difícil é dizer "adeus", principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só.
Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar, e aprender a dar valor somente a quem te ama.

Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência, acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las.
Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta ou querer entender a resposta.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém, saber que se é realmente amado.

Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata."
Carlos Drummond de Andrade





Mas afinal quais são essas verdades, quantas pessoas temos de assistir batendo no peito e proclamando uma verdade absoluta, donas da razão, julgadoras e carrascas das penas aplicadas em nome da individual e altamente manipulada verdade, pessoas de consciência seletiva, que só lembram o que interessa o que sofrem, mas raramente o que fazem sofrer. Deus me livre dessas verdadeiras(?) pérolas do saber viver ... Lobos em peles de cordeiro.
Quantos anos temos de viver para saber que algo que passou ... não foi bem assim, saber que o único senhor da razão é o tempo... que tudo filtra e conduz aos devidos lugares. Mágoas e culpas são irmãs  gêmeas nesse resultado. E em nome de "ser humano" quantas asneiras se faz e se sofre? Acorde o respeito, chame a boa vontade e abrace a fraternidade... pois um dia, talvez, precisa sofrer as ações delas.
Esperei e de certo esperaria o tempo necessário para provar minhas culpas, ou a ausência delas, já as mágoas as sei de cor e vejo que as pessoas sofrem de uma crônica realidade, essa realidade de tudo saberem, de tudo possuir, de tudo acusar e pior de tudo se defender, na minha visão só se defende quem tem efetiva culpa, e nesse caso a minha maior culpa é ... viver, mas viver segundo o que acredito, segundo o que idealizo em meus sonhos,  ter e aplicar regras pré definidas nesse meu jogo da vida, e sim eu erro quando acredito no blefe de meus oponentes ou pior ainda, quando os falsos parceiros entregam o jogo, ai delego o erro a inocente confiança que várias vezes me obrigou, e ainda obriga a reiniciar o meu jogo... Vamos jogar? Mas por favor obedeça as regras que no começo você ajudou a fazer.
Paz, saúde e coragem.

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