sábado, 21 de novembro de 2009

Amor verdadeiro


"Conhecemos um homem pelo seu riso; se na primeira vez que o encontramos ele ri de maneira agradável, o íntimo é excelente."
Fiodor Dostoievski



(Esse vídeo é SIMPLES ASSIM ...AQUI ...SIMPLES ASSIM)

Apenas minha pequena releitura.

"Não há assunto tão velho que não possa ser dito algo de novo sobre ele."
Fiodor Dostoievski


E se é de fato amor , se é amor...

Enquanto eu conseguir falar e serenamente sustentar a fé da palavra, ela será realmente amor.   Amor é o sentimento mais repleto  de felicidade possíveis , é uma nostalgia de presente depois de cinco minutos de ausência, um bem-querer sem bem pensar...boa vontade que pula na frente das dificuldades. É aquele querer espremer, abraçar até tornar um, dois corpos trêmulos pelo prazer e pela saudade . Amor é o sentimento pleno da domesticada paixão, é aquela calmaria que toda plenitude deveria trazer.  É a ansiedade que toda tormenta produz, mas da terra, acalentada pelo ruído do mar, que perturba pelo poder do desconhecido escuro e profundo. Costumava dizer que o amor era conseqüência da paixão. Ao senti-lo na pele , no pulsar de meu sangue , vi que me enganei. O amor, quando de fato existe, coexiste com a paixão mas dela não depende para viver , é concebido sim no primeiro olhar... no primeiro sorriso que desconcerta e confirmando rouba um suspiro  . já a paixão não ... nunca dura muito tempo  sem amor.  Mas o  amor subsiste em qualquer nível de existência, desde a presença até a plena ausência e  permanece  até mesmo além da esperança, além das forças, além dos deuses... A o  amor é maior do que qualquer divindade suprema, mais forte que qualquer universo... pois creia é o universo fruto de um amor maior  . A o amor verdadeiro se basta e se completa em si próprio.  E mesmo com fome, frio e dor o verdadeiro  amor permanece principalmente quando nada mais restar, nem mesmo o ódio (oposto que confirma a existência de um amor ferido )... resta o abraço quente do ser amado pra nos mostrar que persistimos e existimos...mais importante que isso: que coexistimos juntos ...sempre num só.  O amor, se é real amor, é eterno , não foi e se foi nunca chegou a ser de fato amor . Ele é  diferente da truculenta e voraz paixão que consome até se apagar até se aniquilar e preparar rapidinho os meros desejos carnais para outra paixão , o amor alimenta e não cessa de se auto alimentar, mesmo ausente e distante , eu repito , é  a própria  energia em si, não consome, não exige, não precisa, não se prova ...apenas é . e pra sempre é e será . Não morre nem com o corpo, pois não nasceu com ele. Surge e vive, revive eterno e plural, em dois corpos , duas mentes e duas almas que decidiram deixar-se habitar mutuamente um pelo outro , dessa maneira nunca saberei ao certo se hoje  vivo em mim ou em ti minha querida amada . O amor não se acovarda e foge, não chantageia ou prende e não autoritariamente  puxa. ele naturalmente atrai e convence a ficar , lutar e progredir sempre . O amor ao atrair , alimenta corações e  seduz corpos . Faz muito bem amar de verdade , amar de verdade permite  ensinar , respeitar diferenças para converger em entendimentos próximos e construir , edificando bandeiras de paz por vezes em terrenos hostis . O amor é aquela sensação do primeiro beijo ... a sempre o gosto do eterno primeiro beijo , é a sensação de admiração pelo olhar mais cintilante e lindo do mundo , é a juvenil tremedeira frente a esse sorriso inexplicável, único e perfeitamente perturbador. Aquela certeza louca que nos obriga a sentir tudo intensamente  e sinceramente, a dizer tudo num impulso de fazer corar sinceramente. É o fim dos jogos das paixões juvenis ou senis , o início da loucura franca de, honestamente,  dizer em qualquer fase da vida que "serápra sempre" e se de fato , realmente for AMOR assim será.  O amor é a maior , senão única , verdade da vida, a única certeza que temos e teremos de que tudo vale a pena (..."Se a alma não é pequena."  , Fernando Pessoa) . Nossos amores são sim os nossos pilares, e nós somos as fundações onde se pretende esse soberbo castelo do amor , esse nosso Taj Mahal.  Sorte de quem vive um amor, um só. Ou se ama, ou não se ama, verbo intransitivo fora da gramática dos céticos. Amores mesmo, são poucos os que trazemos conosco ao longo de nossas vidas , no princípio amor de Mãe , depois amor de ser Pai (A minha Porãzinha) e por último amor de ser homem. O verbo amar só é pleno quando sujeito, complemento, objeto, substantivo paradoxo mas não e nunca  subjetivo ...se é amor não pode ser subjetivo . É o meu amor que  que coexiste com o melhor de uma paixão que se apoia nele a ponto de justificar a frase: EU faço AMOR com você. É nessa paixão eu  grito que eu te amo na beira da praia, embaixo dos lençois ou no campo selvagem , são os  corpos que esquentando se derretem em suores testemunhais na febril sensação de extâses nunca antes alcançados em quantidade e qualidade , dos olhos francamente brilhantes incapazes de disfarçar a sensação de plenitude há pouco vivida , sempre meus e seus... nossos  momentos , sempre sendo eu maior quantas vezes maior eu a faço dama e louca despudorada na cama, sou teu herói , você minha Rainha , somos enfim dois  corcéis a correr livres, ofegantes  e pulsantes pelos caminhos do prazer quase animalesco que beirra também o pecado da gula pois quero te morder  tamanha a voluptuosidade insana em mentes também e temporariamente insanas . Creia que esse é, também ,  o meu amor eterno no prazer que só em você conheço . Verdade franca, redundante, louca, crua e por que não dizer ... nua . Sob as gargalhadas  posteriores de nossas cócegas ao brincar de sermos  crianças, na lágrima de paz e realização que molha o meu peito enquanto tua cabeça nele descança , enquanto teu corpo entrelaçado no meu está a esperar por novo impulso para novamente nós perdermos nas muitas dimensões que só um amor verdadeiro pode produzir , só um amor único e eterno , só um amor...esse nosso.

Paz , saúde e real amor.

Nenhum comentário: