quarta-feira, 6 de maio de 2009

Da evolução...


A vingança é , infelizmente, um dos últimos remanescentes dos costumes bárbaros que tendem a desaparecer dentre os homens, apesar da resistência e por conseguinte, demora.
 E um dos derradeiros vestígios dos hábitos selvagens sob cujas pessoas penavam e se debatia toda uma Humanidade, no começo da era cristã, razão por que a vingança constitui indício certo do estado de atraso dos homens que a ela se dão e dos Espíritos que ainda as sucitem ou inspirem logo são almas pouco ou nada evoluídas . Portanto, nunca esse sentimento deve fazer vibrar o coração de quem quer que se diga e proclame da paz , de boa vontade e Humano. 
Vingar-se é, bem o sabeis, tão contrário àquela prescrição do Nosso Senhor Jesus Cristo: "Perdoai aos vossos inimigos", pois que aquele que se nega a perdoar não somente não é humano como também não seria cristão, além de monstro hipócrita senhor de uma falsa-perfeição irritante e absolutamente fanha ao gritar suas qualidades. A vingança é uma inspiração tanto mais funesta, quanto tem por companheiras assíduas a falsidade e a baixeza, a mentira e a demagogia .
Com efeito, aquele que se entrega a essa fatal e cega paixão quase nunca se vinga a céu aberto. Quando é ele o mais forte seja por razão o for , cai qual fera insana sobre o outro a quem chama seu pseudo-inimigo ou por covarde e mentirosa conveniência “amigo” ou mas terrivelmente ainda ...”amor” , desde que a presença deste último lhe inflame a paixão do e pelo ato vingativo ... o ódio. Porém, as mais das vezes assume aparências hipócritas e habilmente dissimuladas ocultando nas profundezas do coração os maus sentimentos que o animam e alimentam esse torpor do bom senso humano e universal . Toma caminhos escusos, segue na sombra o pseudo-inimigo, que de nada desconfia, e espera o momento exato para sem perigo para si próprio, feri-lo na intenção mortal de estiolar qualquer traço de dignidade , honra ou fraternidade. Esconde-se do outro, espreitando-o de contínuo, prepara-lhe odiosas e ousadas armadilhas e, em sendo propícia a ocasião, derrama-lhe no copo todo o fel e a peçonha do “doce” veneno que outrora escorria pelo canto dos lábios quando falsamente pronunciava ...respeito.
 Quando a materialização desse ódio não consegue chegar a tais extremos, ataca-o então na honra e nas mais caras afeições e sentimentos ; não recua diante da criação de uma calúnia, e suas pérfidas insinuações, habilmente espalhadas a todos os ventos, se vão avolumando pelo caminho cego que outros de menor evolução se alimentam e propagam. Em conseqüência, quando o perseguido se apresenta nos lugares por onde passou o sopro nefasto do perseguidor, espanta-se de dar com semblantes frios, em vez de fisionomias amigas e benevolentes que outrora , por verdadeiro merecimento , o acolhiam. Fica estupefato quando mãos que se lhe estendiam em cordiais comprimentos , agora se recusam a , meramente, apertar as suas. Enfim, sente-se oprimido e aniquilado, ao verificar que os seus mais caros amigos e parentes se afastam e o evitam. Ah! o covarde que se vinga assim é cem vezes mais culpado do que o que enfrenta o seu inimigo em campo justo ou pelo menos em igualdade de olhares e até o insulta em plena face, manifestando exclusivamente ao pseudo-inimigo , ainda que não se sente à mesa munido da verdade e outros nobres sentimentos, sua imbecilidade frente a meros fantasmas ... Mitólogos são eternos bêbados ao criar suas verdades transvertidas de uma realidade conveniente , tal qual suas memórias ... seletivas no que diz respeito ao seus prováveis e raros atos amigos , desinteressados e humanos.
Covarde não é só quem mente ... é quem omite e é quem tenta minimizar seus erros em face da vergonhoso e inesperado flagrante da conduta assumida .e por tal ridiculamente desrespeita e toma por tolo também o entendimento alheio .
Palavras podem expressar sentimentos ... atos comprovam ou a presença deles ou a ausência.
Vovó dizia:
“Maldade só vê quem tem.”

Paz , saúde e paciência.

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