Até que ponto eu vejo o outro como outra pessoa com liberdade de ser quem ele é, até que ponto perco a objetividade e o respeito para que veja nessa pessoa um espelho de mim, ate que ponto ela “presta” ou não apenas por ser realmente diferente de mim ?
Todos nós tendemos a projetar coisas de nossas almas sobre as outras pessoas, em maior ou menor grau, e em alguns momentos críticos e específicos, esperamos, portanto pacotes prontos que dificilmente existirão... dificilmente...alma gêmea é um lúgubre e fatalista conceito do amor próprio , já que a expectativa é um pacote mágico e pronto... Pronto? Mas como pode ser o amor, como pode ser um próximo ser humano pronto ao que aspiramos só em acertos, mas e os erros...sem erros? Seria um ser humano perfeito? Mas...existe? Essa resposta quem a deve ter são as personagens : Alice (Lewis Carroll) ou a Sininho do Peter Pan (J. M. Barrie) .
Convém, portanto em momentos de dualidade - que é neste exato momento, você avaliar melhor se aquilo que você tanto critica ou elogia em seu próximo está realmente no outro ou se é algo seu que se encontra super projetado por si própria.
Uma janela mal lavada que cria um falso espelho... turvando qualquer possibilidade de se ter uma imagem nítida .
Saber de nossas próprias limitações já é meio caminho andado , se em profunda, justa e humanitária reflexão se entende que realmente tudo literalmente e irreversívelmente se esgotou temos a “permissão” para “abandonar o navio”...mas quem mesmo furou o casco?
Cuidado para não se tornar especialista em “furar cascos de navios” ou corre o risco de nunca chegar a lugar nenhum, e nesse caso aumente o guarda roupas das mesmices , você vai precisar.
Paz , saúde e higienizações.
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