sexta-feira, 17 de julho de 2009



   Resposta a um lindo texto  que reproduzo ao final.

         Obrigado por tão delicado mimo , acredito que ao digitar esse , belo, texto tenha de novo lido e retido as palavras que nele constroem singelas e absolutas verdades . Sim há de se ter poesia , e que seja ela até o cactus solitário e suas lindas flores em tão agreste solo...único conforto de beleza e subsistência ao exaurido, porém esperançoso, viajante resoluto e "Dom Quixoteriano".

No mais a vida vai sim preenchendo as horas , os dias ... Vai colorindo segundo a imperiosa vontade da realidade independente das matizes que desejamos em sonhos. Tomando, ela a vida, por prioritárias os seus próprios e intermináveis desdobramentos , não as nossas prioritárias e, tidas como justas, aspirações.
Personagens da nossa própria tragicomédia , vamos rindo e chorando de tudo , inclusive e principalmente de nós mesmos . Aprendemos que no final é o tempo o maior , senão  único,  Senhor da razão , resolvemos cessar nossa piracema e seguimos a corrente e ouvimos ao longe uma "Shakeaperiana" contestação absoluta : MAKTUB !

"Um dia você descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso."
"Aquele que gosta de ser adulado é digno do adulador".

William Shakespeare

E a poesia?? Onde está??
Por Anita Damasceno Pettená
 
 
" Como um número a mais na multidão, seguimos o ritual de cada dia. E dependendo do espaço que ocupamos, no universo imenso de um mundo sempre em convulsão, vamos redefinindo o calendário, de acordo com as exigências do momento. Sobretudo quando se entra nos "enta". 
Assim é a vida. Assim somos nós. Se nos couber a graça de sermos cristãos - e acredito que todos nós o somos - há que se fazer primeiro a entrega de cada dia a esse Deus, que é a única verdade que fica. Depois como alguém que se ama, há de se pensar em si mesmo, com todos os direitos que a existência nos reserva de amar... de viver... e de sonhar...
Os jornais nos sobrecarregam, quase que diariamente, com notícias voltadas para o crime, São os bárbaros assassinatos. É a corrupção campeando na "Casa", paradoxalmente chamada do "Povo". É a violência fazendo-se senhora das horas tenebrosas, de nebulosas madrugadas, indiferente à lua que, cheia ou pela metade, tem sido o acalanto mais cantado em prosa e verso, por poetas e seresteiros.
A imprensa já não mias se preocupa, como antigamene, em dar destaque ao mundo das letras. Deus é o grande aposentado. E o racional está sempre à frente das coisas que nos falam ao coração. Folheamos páginas e páginas e poucas são as matérias que nos trazem algo de substancial ao espiríto, algo que venha ao nosso encontro, à vontade indómita de ser feliz, ainda que contrariando muitas vezes as leis formuladas pelo homem.
Trabalhos, muitas vezes áridos, técnicos demais para um povo que está entre os primeiros classificados no mundo, em matéria de analfabetismo, deixam de fora textos em crônica de rara beleza, poemas enfeixando o belo em cada verso, já que para os órgãos de comunicação o que vale é o anúncio que dá dinheiro, é o crime explorado até a última gota de sangue, são pernas correndo atrás de bola. É claro que há exceções.
A hora, mais que nunca, se faz necessária para fazer mudanças em nossos veículos de comunicação. Afinal há gosto para tudo. E o leitor merece respeito. O que nunca podemos esquecer é que, em qualquer vestibular, e isto já vem desde os tempos de nossos avós, há que se estudar poesia. Camões, Castro Alves, Casimiro de Abreu, Cruz e Souza e tantos outros que o digam.
E a poesia?? Onde está?? Morreu de vez, nos matutinos que nos chegam... nos suplementos literários de nossos jornais".

"Nenhum amor é eterno certo? Isso significa que se Shakespeare, Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade não fizeram poemas com juras aternas, nem amores eternos, quem criou essa coisa de pra sempre foi a gente e é por isso que sempre damos com a cara na parede né?! Nenhum amor é eterno, mais você tem que aproveitar todos como se fossem, porque cada amor é único, cada amor é um, tem que ser vivido da forma mais intensa possível, todos os dias tem que ser guardados na memória, e as lembranças ruins devem ser apagadas, e se deve aprender com os erros. Quando esse amor acabar, chore, mostre que realmente valeu a pena tudo o que vocês passaram. Depois que as lágrimas secarem siga a sua vida, um sorriso no rosto, e abra seu coração para um novo amor. Para viver tudo novamente. Para aprender com os novos erros, aprender com o outro novamente, para fazer loucuras, para rir, chorar, se emocionar, e enfim amar. É disso que a vida é feita. Quando dizem que o importante é ser feliz e ter saúde e que o resto não importa, eu te pergunto: Tem como ser feliz se não estiver apaixonado?".
Fernanda Gaseta

Paz , saúde e "MAKTUB"


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