terça-feira, 2 de setembro de 2025

Temos de seguir o caminho ... esccolhemos a paisagem ... que passou ou a que chegará.

 




"Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu."

Fernando Pessoa




Voltei para olhar a vida e vi cores e aromas que poderiam ser chamados de saudades do passado , ao sentir a suave brisa a acariciar meu coração percebi que ela vinha do futuro . Quero ter as sensações do passado atreladas a esperança do futuro .
Irei manter a mesma parceria de vida ou aguardar que , de certo desejo, estar chegando ... mas enquanto não chega o que faço com a angustia da solidão ? Atribuir a resiliência ... há quem diga que não há carências ... que a solidão é ferramenta de crescimento ... será?
Quantas vezes estou eventos sociais repletos de companhias ... e mesmo assim a solidão continua incomodando .
Sentar e ao olhar para a paisagem que se apresenta vinda do futuro , pedir parceria de vida .
Venha ser minha parceira, volte a ser , como nunca minha Parceira.
Desejo paz, saúde e felicidades.

Valmir Saez Oliveira

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